Aqui, o vento que corre
é o grito que trago dentro.
Aqui, perdi do universo o centro,
tudo me cai da alma se ecoar...
Aqui, junto do mar e da sua fúria,
da sua dança particular,
aqui sinto o frio que me desperta.
Aqui cheiro a maresia.
Aqui choro a água e não as lágrimas
que tornaram líquido o meu sangue.
Tudo peixe, sal e vento,
tudo eu sem mim, sem luz e sem tempo.
Aqui, na praia que canta,
com o sol iluminando meus olhos,
com a ave cuidadosa,
que se vai, cautelosa, sem ruído,
aqui acredito não ter mentido a minha solidão.
Quero um convite das ondas
para mergulhar para longe.
Quero um pedido do mar
para cantar na sua língua para sempre.
Enchi os sapatos de areia
e trouxe a praia comigo.
Aqui tudo cheira a eternidade... eternidade de poesia que me enche o espírito, eternidade de poesia que quero ler, e ler e reler... eternidade de poesia que mais parece o mar, o oceano... um sitio onde me quero perder sem rasto.
ResponderEliminarUm local sem trilhos, sem caminhos,
ResponderEliminarsem esperanças, sem lembranças,
sem fés, sem porquês,
vendo pela primeira vez
as novas cores da aurora,
o novo ritmo do novo agora,
um novo pranto que chora
e canta a meus pés...
E ser tudo, tudo de novo!
Ser terra e céu e povo
da nova vida que me nasce do mar..!