domingo, 30 de janeiro de 2011

1989 Revisited

Hoje, talvez seja um texto por terminar...
talvez, hoje, um tratado de Paz por anunciar,
um "cessar fogo" tão urgente quanto a respiração;
um suspiro limpo, um fôlego brando,
uma confiança plena numa sensação de quietude;
um som de armas caindo,
de mãos que se apertam,
de olhares que se cruzam, que se vêem,
que se mostram pela primeira vez;
uma virgindade de cheiros e carícias,
um "eu amo-te!" sincero e para todos
porque é urgente amar todos;
uma sensação de calor, de aconchego,
de tranquilidade, de colo de Mãe,
de um medo que não existe já;
uma antes magnitude caída,
uma parede em Berlim, reerguida e vencida,
um orgulho em não ter de sentir jamais orgulho;

um sonho, aqui;

Hoje, uma frescura em saber que brotam flores do meu cabelo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Memories

"I'm trying to survive
in this dark endless night..
Maybe painting the sky of gold
will remind me of your brightest light...
This mindless words
are like falling birds
into this kingdom of loneliness;
You know you're the one who can make me escape
from this hell full of emptiness...!

Cause you're the one who takes the pain away,
I'm screaming on the silence
just to hear the things I'll never say
Don´t leave me dying
away from paradise,
don't look at me with your
shinny green eyes..."

in "Pain Away"
by ragb

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cristalizações

Tenho vidros no estômago
que me sangra por dentro.

Vidros, cacos, agonias.

Facas que me trincham levianamente,
e uma dor que me corta,
que fere,
que esbanja sangue por mim.

Vidros de sonhos quebrados,
ecos por escutar.
Vidros, talvez, acabados
de nascer p'ra me cortar...

Talvez, vidros e vitrinas,
cenários, purpurinas,
tédios e outros sinais...

Murmúrios, fantoches, crinas,
o chão torto, as escadas, as esquinas...
minha alma esquartejada nas catedrais.

Meu sangue exposto, cor fúnebre nos monumentos, nos vitrais...