terça-feira, 7 de maio de 2013

Infinitas lágrimas de pó

Infinitas lágrimas de pó
que se desvanecem pelos ventos;
Infinitas águas que digo e que minto reconhecer;
Vagas incessantes, paisagens surreais;
credos, fugas, desmaios torrenciais;
benévolo sufoco que me faz descansar.

Grandiosidades observadas,
reconhecidas,
suavemente expostas a outros,
a outros que arrogantemente,
se despedem de nós.
Outros que, arrojadamente,
se esquecem de nós.
Os outros que nos matam.
Os outros que não recordam.

Grande dificuldade em assumir grandeza.
A superioridade de mostrar os pedestais,
de subir as escadas, de olhar para trás,
de olhar para baixo,
e dizer: "Eu subi. Tu não."
Dizer, ao fim,
que houve em mim
a coragem de querer subir,
os desejos de inventar asas
se não para voar, para tentar.
Eu quis voar. Tu não.
Dizer claramente, reclamar
autoridades, magnitudes, poder!

Porque, de tudo o que está feito,
de tudo o que houve para ser,
sou um de Nós, um Eleito!
E há superioridade nisso
e há valor nisso
e há horizontes longínquos, maravilhosos e reservados
que eu vejo! Tu não.
Há universos que me são mostrados,
há futuros e há passados
que passeiam de mãos dadas comigo,
que me sabem, me conhecem e me tratam por "amigo",
nestes mundos que vão passando e que nada ficam.

Há diferenças nas coisas porque as coisas são diferentes,
porque há diferentes cores, diferentes sortes,
diferentes rumos, diferentes tons.

E há a honestidade de eu ser diferente.
E há o orgulho.
Eu sou diferente. E tu não.

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