gastas e frágeis.
O meu destino é suave
como quem beija pétalas,
estável e errante,
bebendo café como quem não se importa
com a veracidade
da verdade morta.
Meu segredo é conhecido
aquando do café mexido,
remexido e açucarado,
polvilhado de canela.
Os aromas felicitam-me
e fazem qualquer coisa que eu não conheço,
que não desconheço,
de algo de dentro que deixei
para mim, livremente.
Chove por entre nuvens
castas e fracas,
que choram como que de alegria.
Passaste e repiraste
contra o quadro onde te apresentas...
Com eu passo contentas
as flores desatentas,
fracas e pisadas...
Meu futuro é cumprido,
meu prazer prometido,
meu elo às coisas renascido.
Passaste e repiraste o ar colhido
da Primavera dos perfumes...!
A tarde quer cair devagarinho.
Em comformismo,
elucido-me do fogo que larguei,
dos ventos que me têm levado.
Tudo está abandonado,
mas as nuvens, castas e puras,
chovem de alegria.
Passaste e respiraste
o ar do mais perfeito dia...!
Foste sem saber o que seria
seres tu no mundo errante;
foste, sem certeza inconstante,
mais que tu!, um traficante
na rua da paixão fulminante
de seres tu, sem contar a ninguém!
Passaste e repiraste
o medo que respirava
o meu peito ansioso...
Passei e respirei a tua presença nos meus sonhos desconhecidos que se revelaram apenas na tua existência... respirei o ar que brotas dos teus pulmões, bebi a água que chora do céu para nunca mais chover em ti!
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