Os meus medos são poucos. Não há que temer.
Há apenas que ter bom senso, calma e, principalmente, perspicácia.
Olho aberto, em linguagem corrente.
Eu tenho medo. Dói-me a alma de pensar que posso um dia enfrentar o medo.
Ou os medos. Já que tantos são. E são tantos.
O meu maior medo é aquele que não vejo, que sinto e me apavora por dentro. Que decora os meus passos para me poder perseguir. O que não me deixa dormir ou fechar os olhos nem por um instante. O que me mente dizendo-se distante. Que se apodera da minha mente e me grita mudo constantemente. Me sufoca o corpo, me tira o ar, e aperta a garganta sem que possa respirar. o fantasma que me segue e me assombra, que se cola a mim e me toma a sombra. Meu medo é o medo que segreda ao meu ouvido, que me ameaça em tom de voz sumido. Que me sente quente e me esfria. Que me encarna a alma e deixa totalmente vazia.
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