Eu tinha uma casa
bem no meio do mar.
Eu tenho horas, horas
que gasto a chorar.
Eu tenho versos guardados
dos poemas que não escrevi
e tenho dos sonhos sonhados
as saudades que tive daqui.
Guardo num baú antigo,
coberto de resina e pós,
as canções que ecoam comigo,
outro som ou outra voz
do outro vidro embaciado,
envelhecido pelo tempo,
eu vejo minh' alegria, meu grão contado
p'lo amigo que guardo no vento.
E é na gravidade, esse marulho,
tempo pleno de infinito,
que findo e mergulho
e me engulo em meu próprio grito.
amo isto Marta :) muito bom!!
ResponderEliminar"E é na gravidade, esse marulho,
tempo pleno de infinito,
que findo e mergulho
e me engulo em meu próprio grito. "