Saudade contínua, tracejada,
de uma bolha de sabão imaginada,
de mim sobrevoando no seu interior,
de tudo desmantelando
ao começar a chover!
Tantas, tantas gotas!
tantos arco-íris, tantas cores
reflexos dos múltiplos redores
em meu redor.
Tantos mundos,
ocos profundos,
momentos ao relento,
momentos-fugas,
momentos-medo,
momentos-segredo.
Horas, minutos passando,
tic-tac's girando
no relógio perdedor!
Para quê?
Porquê?
Por quê?
Recolho a bolha, intacta,
sopro o vento para o outro lado
onde, estupefacta,
assisto a uma chavena de chá,
uma conversa retraída,
um olhar alado,
uma conversa-murmúrio,
um momento-guardado.
Rodopiando, quase sem ver,
minha bolha sem querer,
se torna luz, gota...
Caio.
Caí.
Aqui?
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